Os Meyerowitz : Família não se escolhe | Crítica
Os Meyerowitz : Família não se escolhe ( The Meyerowitz stories )
Elenco: Adam Sandler, Ben Stiller, Dustin Hoffman, Elizabeth Marvel, Grace Van Patten.
Direção: Noah Baumbach.
Estreia: 13 de outubro de 2017.
★★
O novo projeto do diretor Noah Baumbach, que segue um estilo de outros de seus trabalhos como A Lula e a Baleia, manipula elementos de comédia e drama. Foi selecionado para o Festival de Cannes em 2017, onde chamou mais a atenção pelo bom desempenho de Adam Sandler que saiu um pouco do âmbito da comédia a qual está mais presente e entrou nesse novo ambiente.
O escultor aposentado Harold
Meyerowitz, uma personalidade com certo nível de narcisismo, é pai de Matthew (Ben Stiller),
Danny (Adam Sandler) e Jean (Elizabeth Marvel), os quais se reúnem para prestigiar o pai em uma exposição
dedicada a sua carreira. Porém durante o processo Harold enfrenta um problema
de saúde que impõe seus filhos a uma união para ajudá-lo a se recuperar. Nessa
reunião os problemas pessoais, e as situações mal resolvidas do passado veem à tona .
Não sendo a primeira vez que Dustin Hoffman interpreta o papel de pai de Adam ou Ben nas telonas, ele protagoniza o patriarca de uma família disfuncional. Criando os dois primeiros filhos de forma superficial em um tempo que priorizava seu trabalho acima de tudo, tentou concertar o erro da má paternidade no terceiro filho, Matthew. Situação essa que levou os filhos a uma competição por seu amor e atenção. Já adultos a aprovação do pai ainda é extremamente importante e com isso se tornam de certa forma dependentes do egocêntrico pai e isso em meio à reunião forçada vai levá-los aos extremos da sanidade.
A escolha da edição na montagem é o principal problema do longa, deixa buracos ao decorrer da história que atrapalham principalmente na conclusão, onde mais se sente a necessidade do preenchimento deles. A introdução dos personagens é bem trivial, deixando grande parte do início do filme de certo modo desinteressante. Os cortes inesperados em meio às falas é a única característica interessante da forma como o filme flui.
Eliza (Grace Van Patten) filha de Danny protagoniza os momentos mais sem sentidos do filme, superando até mesmo os membros mais velhos da conturbada família. Apesar de não ser inusitado no cinema a exploração de problemas familiares e os Meyerowitz não serem os mais interessantes desse grupo, a celebração da experiência de amar, perdoar e ser perdoado e ainda mais a de sentir gratidão em meio a tantas razões para não se sentir assim dão certo mérito ao longa.
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