Logan | Crítica
Logan (Logan)
Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Dafne Keen, Boyd
Holbrook, Stephen Merchant, Elizabeth Rodriguez, Richard E. Grant.
Direção: James Mangold
Data de lançamento: 2 de março
de 2017
Diretor do aclamado
Garota Interrompida (1999) e de Wolverine: Imortal (2013), James Mangold teve a difícil tarefa de
nos trazer um Wolverine totalmente diferente
do que estávamos acostumados. Baseado em Velho
Logan de Mark Millar e Steve McNiven, Logan retrata um
Wolverine velho, cansado e doente. O ano é 2029 e não nascia nenhum mutante há
25 anos. Logan (Hugh Jackman) vive
escondido junto com Charles Xavier (Patrick
Stewart) e Caliban (Stephen Merchant),
um mutante com poderes de localização, numa fábrica abandonada na fronteira do
México. Xavier está totalmente fragilizado pela velhice e, já nonagenário,
sofre com episódios de descontrole de seus poderes telepáticos causando efeitos
destruidores.
Tudo muda
quando a enfermeira Gabriela López (Elizabeth
Rodriguez) aparece pedindo a ajuda de Logan para proteger uma criança,
Laura Kinney (Dafne Keen). Gabriela
e Laura vêm sendo perseguidas por Donald Pierce (Boyd Holbrook), líder de um grupo de mercenários aprimorados ciberneticamente
e Gabriela vê em Logan a sua única chance de salvar Laura, assim, ela oferece
dinheiro a ele para levar Laura para um lugar chamado Éden, na Dakota do Norte. Mesmo Logan se recusando a priori, Laura
passa a ser de sua responsabilidade, principalmente depois de descobrir que a
menina foi gerada a partir de seu DNA, ou seja, é sua “filha”. A partir de
então eles viram alvo do grupo de Donald Pierce e o que se segue é uma fuga
difícil, delicada e dolorosa.
O desenrolar
da história é dinâmico ao mostrar os fatos-chave, o que ajuda o filme a não
ficar cansativo, levando em conta que ele possui pouco mais de 2 horas. E a
exposição das condições psicológicas e físicas de Logan e Xavier são honestas e
dolorosas na medida certa, fugindo do sensacionalismo. As cenas de ação e luta
são extremamente empolgantes, sangrentas e violentas. Hugh Jackman que interpreta Wolverine há 17 anos, em 9 filmes,
desenvolve com maestria a nova roupagem que o personagem ganha no filme. Patrick Stewart, na pele de Charles
Xavier pela 7ª vez, têm uma interpretação muito fluida e verdadeira da
condição frágil do Professor. Dafne Keen
dá vida à uma Laura visceral e autêntica, que
faz jus a uma mutante “filha” do
Wolverine.
Logan comete a proeza de agradar fãs dos
quadrinhos e também aos que somente acompanharam 17 anos de filmes sobre o
universo X-men. Ao final, o que temos
é um filme maduro, sincero, sangrento e melancólico. Com um desfecho digno para
James Howlett, o eterno Wolverine.
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