Bright | Crítica
Bright
Elenco: Will Smith, Joel Edgerton, Noomi Rapace, Lucy Fry, Édgar Ramírez
Direção: David Ayer
Estreia: 22/12/2017
Elenco: Will Smith, Joel Edgerton, Noomi Rapace, Lucy Fry, Édgar Ramírez
Direção: David Ayer
Estreia: 22/12/2017
★★★★
Chegou hoje ao catálogo da
Netflix, o seu filme de maior orçamento até o momento, foram gastos 90 milhões
de dólares na produção de Bright, do
diretor David Ayer (Esquadrão Suicida), que traz um elenco de peso, encabeçado
por Will Smith.
O longa mostra um policial em uma
Los Angeles habitada por diversas criaturas místicas e que tem como parceiro de
trabalho uma dessas criaturas, um Orc, muito bem interpretado pelo competente
Joel Edgerton.
A trama do filme percorre o drama
policial que consagrou Ayer, como em Marcados para Morrer, o filme explora a
realidade do dia a dia da polícia local, mas diferentemente de outrora dessa
vez Ayer mostrou um lado mais brutal e preconceituoso da polícia, mesmo que
envolto em metáforas relacionadas às raças místicas contidas no enredo do
filme, ficam evidentes os paralelos com situações recorrentes nos Estados
Unidos.
Por outro lado, o viés mais
fantástico adotado pelo diretor também cai muito bem com o filme e a
caracterização dos personagens é de se dar o devido destaque. As cenas de ação
incrivelmente bem efetuadas dentro do plano do filme, em alguns momentos até
surpreendem pela sutileza com a qual foram executadas, mostrando uma evolução
evidente para o trabalho anterior do diretor.
A interação entre Jakoby
(Edgerton) e Ward (Smith) merece o devido destaque, pode-se notar que o ator
continua à moldar os personagens ao seu próprio estilo, mas nesse caso não
existe nenhum prejuízo à narrativa por conta disso. O orc por sua vez, consegue
transmitir certo carisma ao mostrar seu ponto de vista da realidade apresentada
no filme.
Claro que existem alguns problemas de roteiro no filme, ficam até evidentes em certo momento, mas nada que consiga atrapalhar o ótimo entretenimento que o filme é capaz de proporcionar durante suas quase duas horas de duração, os elementos trazidos pelo diretor conseguem rapidamente suprimir esses erros, deixando o espectador mais preocupado com a jornada dos policiais do que com possíveis erros na dinâmica do longa.
Apesar de não ser uma obra
fenomenal, Bright é um filme muito
fiel dentro de sua proposição e se configura como mais um acerto da Netflix,
apresentando um universo rico em elementos realistas e uma história
contemporânea e sendo eficiente ao mesclar isso ao universo fictício e mágico
que são tão famosos no imaginário popular, entendendo sua condição enquanto
filme policial, mas não se levando tão à sério a ponto de se perder no caminho.
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